Ao fim de 19 dias de competição, terminou o maior evento desportivo do mundo que envolveu mais de 11 mil atletas: os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Foram 208 os países que marcaram presença na 31ª edição das Olimpíadas da Era Moderna, sendo disputadas mais de 300 provas de 42 modalidades em 37 palcos desportivos.
Portugal, pela 24ª vez, marcou presença nesta manifestação desportiva multicultural com 95 atletas de 19 modalidades. Apesar das várias aspirações às medalhas olímpicas, apenas um sonho foi concretizado no Rio de Janeiro: o da judoca Telma Monteiro que conquistou a medalha de bronze na categoria até 57 kg.
Segundo o presidente do Comité Olímpico Português (COP), José Manuel Constantino, “os resultados alcançados ficaram aquém das nossas expetativas”. À frente do COP desde março de 2013, José Manuel Constantino revela os objetivos traçados à partida para a jornada olímpica: “tínhamos definido duas posições correspondentes aos três primeiros lugares [medalhas], conseguimos uma. Tínhamos definido 12 posições correspondentes aos lugares compreendidos entre o quarto e o oitavo, conseguimos 10. E tínhamos previsto entre o nono e o 12º cerca de 12 posições e conseguimos 15. Portanto, dos três objetivos, apenas um foi cumprido". No entanto, o COP reconhece o trabalho, esforço e dedicação de todos os atletas lusos nesta missão olímpica Rio 2016, fazendo um mea culpa. “Não há outro responsável. O primeiro responsável pelo facto de os objectivos não terem sido atingidos sou eu. (...) Não tenho de me queixar do Governo, nem deste nem do anterior (...) Se tenho de me queixar, é de não ter sido suficientemente capaz de mobilizar todos aqueles que envolvem a participação numa missão olímpica, para que os resultados pudessem corresponder áquilo que tínhamos estimado".
Com as expetativas elevadas, foram várias as prestações que desapontaram em terras cariocas. Mas será justo “cobrar” resultados aos atletas portugueses que se batem, de igual para igual, com os melhores do Mundo quando as condições de treino e os apoios que (não) lhes são dados são incomparáveis?
Portugal continua com a média de uma medalha por olimpíada: 24. Até ao momento, contamos com quatro medalhas de ouro, oito de prata e doze de bronze, onde se inclui já a de Telma Monteiro. Para além desse lugar no pódio, Portugal recebeu 19 diplomas olímpicos, ou seja, teve 19 atletas no Top 10, sendo que 10 deles ficaram entre os seis primeiros. As melhores prestações foram, assim, nas modalidades de judo, canoagem, seguindo-se o atletismo. Além da medalha de Telma Monteiro, a canoagem conseguiu um quarto lugar (K2 1.000), um quinto (K1 1.000) e um sexto (K4 1.000), no atletismo registaram-se dois sextos no triplo salto (Nelson Évora e Patrícia Mamona) e um nos 20 km marcha (Ana Cabecinha), enquanto Marcos Freitas, no ténis de mesa, João Pereira, no triatlo, e a seleção de futebol ficaram em quinto, o ciclista Nelson Oliveira foi sétimo no contrarrelógio e Rui Bragança nono no taekwondo, entre outros resultados.
Quando observamos a atribuição de medalhas a uma escala global, a realidade é bem diferente. Nas 2 102 medalhas atribuídas, 121 foram para atletas americanos que lideram também o pódio individual dos atletas mais medalhados com os nadadores Michael Phelps (6 medalhas) e Katie Ledeaky (5) e a ginasta revelação Simone Biles (5). No segundo lugar do medalheiro internacional ficou a China com 70 medalhas, seguida da Grã-Bretanha com 67. Rússia, Alemanha, França, Japão, Austrália, Itália e Canadá, por esta ordem, completam a lista das dez melhores nações a competir no Rio de Janeiro, estando Portugal em 78º neste ranking.
Por modalidade, neste caso as de combate, contacto e/ou artes marciais (que a Kombat Press acompanha com mais detalhe), é a luta olímpica que mais medalhados gerou – 72 – seguindo-se o judo com 56, o boxe com 52 e o taekwondo com 32. Estes números dizem respeito não só à quantidade de atletas olímpicos que praticam estas modalidades, mas sobretudo à divisão que é feita em cada modalidade, consoante o peso e género dos atletas, como poderemos testemunhar amanhã quando abordarmos o boxe e a luta olímpica, modalidades nos jogos modernos desde 1904 e 1896, respetivamente.
Texto: Joana França/Kombat Press
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Terminou hoje à tarde a prestação dos judocas portugueses nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, com Jorge Fonseca (-100 kg), o último de seis judocas portugueses a pisar os tapetes da Arena Carioca 2.
O atleta do Sporting Clube de Portugal (quarto na imagem) conseguiu uma vitória supersónica sobre o afegão Mohammad Bakshi, por ippon, com apenas nove segundos de combate decorridos. No entanto, Fonseca foi afastado das olimpíadas no duelo seguinte pelo ex campeão do Mundo Lukas Prkalek. O atleta checo venceu o português no fim do combate por wazari.
Vendo em retrospetiva o percurso dos judocas portugueses nesta edição dos jogos, o grande destaque vai para Telma Monteiro (quinta na imagem) que obteve a medalha de bronze na categoria de -57 kg. A judoca do Sport Lisboa e Benfica conseguiu a tão desejada, e merecida, conquista ao bater a romena Corina Caprioriu por yuko. Telma entrou na competição a vencer a neozelandesa Darcina Manuel com dois yukos. Depois de perder com a mongol Sumiya Dorjsuren por penalização já no ponto de ouro, a judoca portuguesa foi repescada e venceu a francesa Automne Pavia garantindo assim a luta pelo bronze. A medalha de Telma foi a segunda do judo em competições olímpicas, a primeira (e única até à data) de Portugal no Rio 2016 e a 24ª na história olímpica portuguesa.
No mesmo dia, 8 de agosto que ficará para a história do judo nacional, também Nuno Saraiva (-73 kg) se estreou na competição olímpica. O atleta de 22 anos (primeiro na imagem) foi derrotado na primeira ronda pelo húngaro Miklos Ungvari com um wazari.
No dia de ontem, Célio Dias (segundo na imagem) foi surpreendido por Celtus Dossou Yovo na categoria -90 kg: 220º no ranking mundial, o atleta do Benim venceu o português, que ocupa o 21º lugar a nível mundial, também por wazari.
Mas a participação portuguesa começou logo a 7 de agosto com Joana Ramos (-52 kg) e Sergiu Oleinic (-66 kg) que, apesar de falharem o apuramento para os quartos de final, deixaram a competição com a ideia de “dever cumprido”. Os atletas do Sporting Clube de Portugal alcançaram ambos o 9º lugar na prova olímpica: Joana Ramos (terceira na imagem) venceu a burundi Antoinette Gasongo por ippon, perdendo depois, também por ippon, com a campeã asiática Yingnan Ma; Sergiu Oleinic (sexto na imagem) surpreendeu ao afastar dos jogos o ucraniano Georgii Zantaraia por yuko, caindo depois frente a Wander Mateo da República Dominicana.
Ao longo de sete dias de competição de judo (que começou sábado e termina amanhã) são 392 os judocas de 137 países que lutam por um lugar no pódio olímpico, estando em jogo 14 medalhas de ouro.
O judo lusitano volta à competição internacional com Miguel Vieira: o atleta com baixa visão irá marcar presença nos Jogos Paralímpicos que decorrem entre os dias 7 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro.
Texto: Joana França/Kombat Press
Imagem: DR
Sabia que os treinadores da “Team USA” têm ascendência portuguesa?
James Pedro Sr. e Jimmy Pedro são os responsáveis pela equipa de judo dos Estados Unidos da América em competição no Jogos Olímpicos do Rio. James Pedro Sr. é considerado o pai do judo norte americano, enquanto o seu filho é antigo Campeão do Mundo de judo e duas vezes medalha de bronze.
A dupla de treinadores, que trabalha no seu dojo em Wakefield (Massachusets), tem raízes na ilha de São Miguel, nos Açores, de onde era natural o pai de Pedro Sr. Apesar de Jimmy já ter estado no arquipélago a convite de Nuno Delgado, as ligações com Portugal são quase inexistentes. Mas o judo já foi motivo de vários encontros entre a família Pedro e atletas portugueses: Jimmy defrontou Michel Almeida em 2000 e João Neto em 2004. Mais recentemente, e já como treinador, o duelo foi entre Marti Molly e Telma Monteiro nas últimas olimpíadas em Londres, onde Molly acabou por se sagrar campeã olímpica.
O grande feito do judo norte americano, modalidade um pouco na sombra quando comparada com outras no país, foi o ouro de Kayla Harrison (na foto com Jimmy Pedro) em Londres 2012, à qual se somam mais 11 medalhas em olimpíadas. É precisamente a medalha de ouro olímpica que Kayla Harrison, na categoria até 78 kg, defende hoje nos tapetes da Arena Carioca 2.
Esta quinta-feira, dia de competição para as judocas até 78 kg e os judocas até 100 kg, Portugal apresenta o seu último atleta em prova: Jorge Fonseca que acabou de ceder frente a Lukas Krpalek da República Checa, por wazari, após ter estado a ganhar grande parte do combate por yuko.
A competição de judo termina amanhã com as prestações das duas categorias mais pesadas: acima de 78 kg feminino e acima de 100 kg masculino. A partir de 14 de agosto, a Arena Carioca 2 será palco de outra modalidade: a luta olímpica.
Texto: Joana França/ Kombat Press
Foto: DR
Paula Pareto, Majilinda Kelmendi, Rafaela Silva, Tina Trstenjak, Beslan Mudranov, Beslan Mudranov, Fabio Basile, Shohei Ono e Khasan Khalmurzaev conquistaram já oito das catorze medalhas de ouro, em judo, nos Jogos do Rio 2016.
Ao longo de sete dias de competição (que teve início no sábado dia 6 e que, para o judo, terminará sexta) são 392 os judocas que lutam por um lugar no pódio olímpico.
Até ao momento, na competição feminina categoria de -48 kg os degraus do pódio foram ocupados pela argentina Paula Pareto (ouro), pela coreana Bokyeong Jeong (prata), pela japonesa Ami Kondo (bronze) e pela atleta do Kazaquistão Otgontsetseg Galbadrakh (também bronze). Com mais quatro quilos, na categoria -52 kg, o pódio foi composto pela judoca do Kosovo Majilinda Kelmendi (ouro), pela italiana Odette Giuffrida (prata), pela russa Natalia Kuziutina (bronze) e pela japonesa Misato Nakamura (bronze). A categoria de Telma Monteiro, a de -57 kg, teve como medalha de ouro a brasileira Rafaela Silva, medalhada de prata a mongol Sumiya Dorjsuren, sendo o bronze da judoca portuguesa e da atleta japonesa Kaori Matsumoto. A eslovena Tina Trstenjak ficou em primeiro lugar na categoria seguinte, a de -63 kg, indo o segundo lugar para francesa Clarisse Agbegnenou e o terceiro lugar para as judocas Yarden Gerbi de Israel e Anicka Van Emden da Holanda.
No judo masculino, a categoria de -60 kg foi liderada pelo russo Belsan Mudranov, seguindo-se Yeldos Smetov do Kazaquistão e, no terceiro lugar, o japonês Naohisa Takato e Diyorbek Urozboev do Uzbequistão. Na categoria de - 66 kg, o ouro foi para o italiano Fabio Basile, a prata para o coreano Baul An e o bronze para Masashi Ebinuma do Japão e Rishod Sobirov do Uzbequistão. Shohei Ono, japonês, venceu a categoria de -73 kg, ficando em segundo lugar Rustam Orujov do Azerbaijão e em terceiro o belga Dirk Van Tichelt e Lasha Shavdatuashvili. Na categoria de -81 kg, subiu ao primeiro lugar do pódio o russo Khasan Murzaev, ao segundo o norte americano Travis Stevens e ao terceiro o japonês Takanori Nagase e Sergiu Tomas dos Emirados Árabes Unidos.
Nas categorias acima referidas, foram mais três ao atletas portugueses chamados à competição na Arena Carioca 2: Joana Ramos (-52 kg) que terminou em 9º lugar a sua participação nas olimpíadas, Sergiu Oleinic (-66 kg) que alcançou a mesma posição e Nuno Saraiva (-73 kg) que se classificou em 17º lugar na sua estreia olímpica.
Entre hoje e sábado disputam-se mais seis categorias: -70 kg, -78 kg e +78 kg (feminino) e -90 kg, -100 kg e +100 kg (masculino). São dois os atletas portugueses que aguardam pela sua participação nesta edição dos Jogos Olímpicos: Célio Dias (-90 kg) que entra hoje em ação e Jorge Fonseca que pisa os tatamis amanhã.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Reuters
“Sonho sempre com o pódio. É um sonho que posso tornar realidade”.
Oito de agosto é o dia que marca o percurso desportivo da judoca Telma Monteiro. O sonho tornou-se realidade e a judoca portuguesa arrecadou uma medalha olímpica, aquela que lhe faltava no seu vasto palmarés. Telma Monteiro conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, na categoria de -57 kg, ao vencer a romena Corina Caprioriu.
“Vou demorar algum tempo a assimilar este momento. Não se trata apenas de ganhar uma medalha que eu queria muito, é um momento em que aproveito para dizer que vale a pena não desistirmos dos nossos sonhos, vale a pena lutarmos”. Foram algumas das palavras da judoca portuguesa que, depois de 12º lugar em Atenas 2004, um 9º lugar em Pequim 2008 e um 17º em Londres 2012 e de uma época marcada por uma intervenção ao joelho, conquista a segunda medalha olímpica para o judo lusitano, depois do bronze de Nuno Delgado em Sydney 2000.
No caminho para o bronze olímpico, a judoca do Sport Lisboa e Benfica entrou no tapete com o pé direito vencendo a neozelandesa Darcina Manuel com dois yukos, garantindo assim o apuramento para os quartos de final.
Aí defrontou Sumiya Dorjsuren, acabando a mongol por ser mais forte, vencendo com uma penalização já no ponto de ouro.
Afastada do ouro e da prata, na repescagem, Telma Monteiro defrontou e venceu a francesa Automne Pavia, medalha de bronze em Londres 2012. Foi uma chave de braço que deu a vitória por ippon à atleta portuguesa que assegurou assim a luta pelo terceiro lugar na competição olímpica.
Lugar esse que foi conseguido com a vitória sobre a Corina Caprioriu da Roménia. Apesar de tocada no ombro esquerdo, Telma Monteiro venceu a sua adversária por yuko. Uma medalha de bronze com sabor a ouro com a Arena Carioca 2 a apoiar efusivamente a judoca portuguesa. “Senti apoio desde o início. Quero agradecer à torcida e ao povo brasileiro que foram impecáveis. Senti-me em casa, não senti pressão nenhuma.”
A brasileira Rafaela Silva foi a campeã olímpica na categoria de Telma Monteiro. Subiram ainda ao pódio Sumiya Dorjsuren (Mongólia) para a prata e a japonesa Kaori Matsumoto, também para o terceiro lugar partilhado com a atleta portuguesa.
Este resultado inédito de Telma Monteiro, de 30 anos, é a recompensa do trabalho e dedicação da judoca portuguesa que, nestas olimpíadas brasileiras, optou por ficar fora da Aldeia Olímpica, num regime de concentração máxima. Telma foi apoiada pelos seus treinadores Go Tsunoda e Jorge Gonçalves e pela sua companheira de treino Sandra Borges. A judoca de Almada chegou, inclusive, a contratar uma cozinheira local para confecionar as suas refeições, sendo o seu único foco a competição. Depois deste feito histórico para o judo nacional e para a atleta que guarda já cinco medalhas em mundiais e onze em europeus, Telma Monteiro deverá ocupar o seu quarto na Aldeia Olímpica, junto aos restantes membros da comitiva portuguesa nesta “missão olímpica” Rio 2016.
Esta foi a primeira medalha da comitiva lusa em terras cariocas, a 24ª nas trinta e uma edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Texto: Joana França/Kombat Press
Fotos: DR
Célio Dias, Joana Ramos, Jorge Fonseca, Nuno Saraiva, Sergiu Oleinic e Telma Monteiro: são estes os judocas que vão representar as cores portuguesas nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, que decorrem entre os dias 5 e 21 de agosto no Brasil.
Célio Emilson Ucha Dias (foto 1) tem 23 anos e é natural de Almada. É atleta do Sport Lisboa e Benfica treinado por Sandra Saiote. No seu percurso desportivo conta com um 7º lugar no Campeonato do Mundo e outro no Europeu de 2013. Em 2015 destaque para o bronze no Grand Slam de Paris e para o ouro no Grand Prix de Budapeste. Já este ano, conquistou a medalha de bronze no Grand Slam de Tbilisi e o segundo lugar no Grand Prix de Budapeste. A competir na categoria de -90 kg, Célio Dias inicia o seu percurso no Jogos Olímpicos a 10 de agosto.
Joana Isabel Ventura Ramos (foto 2, de azul) é judoca do Sporting Clube de Portugal, treinada por João Rodrigues. Aos 34 anos, a atleta conimbricense marca presença pela segunda vez nas olimpíadas: Joana obteve o 9º lugar nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Vice Campeã da Europa, 5º lugar num Campeonato do Mundo, dois primeiros lugares na Taça do Mundo, ouro no Grand Prix de Astana, prata em Zagreb, bronze em Tashkent e ouro no Grand Slam de Tyumen, Rússia 2015, são algumas das conquistas da aleta que lhe valeram a presença nesta edição dos Jogos Olímpicos. A sua caminhada olímpica, na categoria de -52 kg, começa logo a 7 de agosto.
Jorge Ivayr Rodrigues da Fonseca (foto 3), natural de São Tomé e Príncipe compete pelo Sporting Clube de Portugal, treinado por Pedro Soares. Aos 23 anos foi o primeiro judoca português Campeão Europeu de sub 23. Conta ainda com a medalha de bronze no Grand Prix de Zagreb em 2014 e 2015, bronze no Grand Slam de Baku. Também na cidade do Azerbaijão, no ano passado, ficou em 5º lugar nos Jogos Europeus. No Rio de Janeiro, a sua prestação tem início a 11 de agosto na categoria de -100 kg.
Nuno Francisco Puidival Saraiva (foto 4) é natural da Marinha Grande mas treina no Sport Lisboa e Benfica com Jorge Gonçalves. Aos 22 anos é o judoca mais novo desta delegação, mas já esteve nos Jogos Olímpicos de Londres como companheiro de treino de Telma Monteiro. Saraiva é detentor de uma medalha de bronze no Grand Prix da Turquia este ano, de uma de prata no Grand Prix do Usbequistão em 2015 e é duas vezes vice campeão europeu (2013 e 2014). A luta por uma medalha olímpica, na categoria -73 kg, inicia-se a 8 de agosto.
Sergiu Oleinic (foto 5) do Sporting Clube de Portugal é também treinado por Pedro Soares. Com 30 anos o judoca luso moldavo foi 5º classificado nos Jogos Europeus de Baku 2015 e no Campeonato da Europa e arrecadou, também no ano passado, a medalha de bronze no Grand Prix de Budapeste. Para Oleinic a competição na categoria de -66 kg começa a 7 de agosto.
Telma Alexandre Pinto Monteiro (foto 6, de branco), a última atleta desta modalidade, é um nome sobejamente conhecido não só a nível nacional mas também no panorama desportivo internacional. É a judoca portuguesa com mais presença nas olimpíadas: em Atenas 2004 ficou em 12º lugar; em Pequim 2008 alcançou o 9º lugar e em Londres 2012 classificou-se em 17º. A judoca lisboeta do Sport Lisboa e Benfica, orientada por Jorge Gonçalves e Go Tsunoda, aos 30 anos, foi já cinco vezes Campeã da Europa, obteve quatro medalhas de prata em Campeonatos do Mundo e tem mais de dez medalhas de ouro em taças do Mundo, da Europa, Grand Prix e Grand Slams; destaque para os ouros nos Grand Slam de Abu Dhabi e Paris em 2015. A luta pelo pódio olímpico, para Telma Monteiro na categoria de -57 kg, tem data marcada para dia 8 de agosto.
Todos os judocas vão ter como palco a Arena Carioca 2, na Barra da Tijuca, casa essa que vai ser partilhada com os atletas da luta olímpica.
São 136 as nacionalidades chamadas à competição de judo que será disputada por 390 atletas, divididos em 14 categorias.
As duas grandes potenciais mundiais no judo são o Japão, país de origem da modalidade, e a França. Tendo como objetivo derrubar o adversário com as costas voltadas para o chão, imobilizando-o durante vinte segundos ou até que desista, o judo marca presença nos Jogos Olímpicos desde 1964 em Tóquio, apesar da competição no feminino datar apenas de 1992 nos jogos de Barcelona.
Amanhã, conheça um pouco do percurso de Rui Bragança: o atleta de taekwondo que vai representar as cores nacionais nestas olimpíadas.
Texto: Joana França/Kombat Press
Fotos: DR
Judo, taekwondo, boxe e luta olímpica: são as artes marciais e desportos de combate que marcam presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. As cores nacionais vão estar representadas no judo por seis atletas – Telma Monteiro, Jorge Fonseca, Oleinic Sergiu, Célio Dias, Nuno Saraiva e Joana Ramos – e no taekwondo por Rui Bragança.
Estes sete atletas fazem parte de uma comitiva composta por 95 desportistas lusos que vão competir em 19 modalidades olímpicas (atletismo, badminton, canoagem, ciclismo, futebol, ginástica, hipismo, natação, ténis, ténis de mesa, tiro desportivo, triatlo e vela), realizando 63 provas.
A equipa nacional para a XXXI edição dos Jogos Olímpicos, composta maioritariamente por atletas do sexo masculino (68 %), estará representada em várias faixas etárias, sendo o atleta português mais novo João Virgínia (futebol), com 16 anos, e o mais velho João Costa (tiro desportivo), com 51 anos.
Portugal regista 23 participações na competição olímpica, estando presente em todas as edições desde os jogos de Estocolmo 1912, onde se estreou. Até à data, são também 23 as medalhas conquistadas por atletas portugueses.
Mas os jogos olímpicos são uma competição com uma vasta história e tradição. A origem desta manifestação desportiva remonta à Grécia antiga do século VIII a. C.. Envoltos em lendas e mistérios, os jogos surgem na cidade de Olímpia, onde representantes de várias cidades-estado competiam.
Proibidas entre 393 a.C. e o século XIX, as olimpíadas renascem em 1896 depois de fundado o Comité Olímpico Internacional (COI) por Pierre Coubertin, inspirado em várias manifestações desportivas. Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna decorreram então em 1896 em Atenas, reunindo 241 atletas de 14 países para 43 provas.
Hoje, os Jogos Olímpicos do Rio 2016, que decorrem entre os dias 5 e 21 de agosto, têm como protagonistas 11 242 atletas de 208 países; serão 311 as provas disputadas, de 42 modalidades, em 37 espaços desportivos.
Apesar da cerimónia de abertura dos jogos ter data marcada para 5 de agosto, a competição arranca antes dessa data e os primeiros portugueses a entrar em ação são os da equipa de futebol, já na próxima quinta. Quanto aos judocas, os primeiros a entrar em ação pisam os tatamis dia 7 de agosto. Também nos tatamis mas no octógono, Rui Bragança dá o pontapé de saída do taekwondo português a 17 de agosto.
Amanhã fique a saber um pouco mais sobre os judocas portugueses que vão representar as cores nacionais na América do Sul, bem como sobre o judo, modalidade olímpica desde 1964 a partir dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: COP
Os judocas portugueses David Reis, João Martinho, Mariana Esteves e Maria Siderot obtiveram quatro lugares no pódio na Taça da Europa de Juniores que decorreu no fim de semana passado em Gdynia, na Polónia.
O ouro foi conquistado pelo judoca do Sporting Clube de Portugal. David Reis (-66 kg) venceu na final o bósnio Petar Zadro. Nas eliminatórias, já tinha derrotado o polaco Szymon Jasinski, o ucraniano Oleksandr Moisei e o letão Edgaras Lizunas. Na meia-final afastou o ucraniano Bogdan Iadov.
João Martinho (-81 kg) foi um dos judocas que conquistou o bronze. Bateu o polaco Wojciech Punda, o italiano Lorenzo Rigano, o ucraniano Oleksandr Cherkai e, no combate pela medalha, o holandês Jim Heijman.
As medalhas de bronze não se ficaram por aqui. Na competição feminina, Mariana Esteves (-52 kg) venceu a romena Diana, no primeiro confronto, perdendo depois na meia-final para a alemã Patrycia Szekely. Na repescagem, bateu a judoca belga Amber Ryheul, ficando em terceiro lugar nesta competição.
Quem também subiu ao terceiro lugar do pódio foi Maria Siderot (-48 kg). Começou por derrotar a norueguesa Michelle Harefallet por ippon. Depois, bateu a belga Marine Baumans mas, na meia-final, cedeu frente à holandesa Amber Gersjes. Na luta pelo bronze, a portuguesa venceu Kim Akker, também da Holanda.
A comitiva portuguesa na Polónia foi composta por 13 judocas que alcançaram assim quatro pódios, nesta competição internacional que juntou 265 atletas de 26 países.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Stanislaw Michalowski
A judoca portuguesa sagrou-se vice-campeã da Europa no Campeonato Europeu de Judo no escalão de cadetes, que decorreu nos dias 1 e 2 de julho em Vantaa na Finlândia.
A prestação de Patrícia Sampaio neste europeu começou com duas vitórias na fase de eliminatórias. A competir na categoria de -70 kg, a judoca lusa venceu na semifinal a atleta britânica Chloe Nunn por ippon. No final da competição, Patrícia cedeu frente à nº 1 do ranking mundial de cadetes: Nadina Taimazova venceu o duelo, ficando assim a atleta portuguesa num honroso segundo lugar que lhe valeu a medalha de prata.
Os judocas portugueses alcançaram ainda dois nonos lugares na competição por Alexandre Teodósio (-90 kg) e João Fernando (-66 kg). Em competição estiveram ainda Beatriz Barata (-75 kg), João Almeida (-73 kg) e Fábio Borges, acompanhados pelo treinador Marco Morais.
Ao todo, o campeonato europeu juntou 421 judocas de 41 países.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR
Este foi um fim de semana de ouro e bronze para o judo lusitano em competições internacionais.
Nuno António sagrou-se Campeão Europeu de judo no Campeonato Europeu de Veteranos, prova que decorreu de 23 a 25 de junho na Croácia. O experiente atleta de 48, que compete na categoria M3 -66kg, é campeão nacional em título nesta categoria desde 2013. Na final europeia, Nuno António venceu o ucraniano Makym Shapovalov depois de ter batido outros três atletas na fase de eliminatórias.
Nesta competição, também Eric Domingues subiu ao pódio. O judoca passou a fase de eliminatórias, perdendo apenas na final para o italiano Gianni La Piccirella por “wazari”, sendo-lhe atribuída a medalha de bronze na categoria M2 -66kg.
O Campeonato Europeu de Veteranos contou com a presença de 492 atletas de 37 nações.
Também em terras húngaras o judo nacional arrecadou mais duas medalhas no Grand Prix de Budapeste (Hungria), que decorreu nos dias 25 e 26 de junho.
Pelas cores lusas competiram quatro atletas nacionais tendo Telma Monteiro (-57kg) e Célio Dias (-90kg), atingido o segundo lugar na prova. Entraram também em ação os judocas portugueses André Soares e Mariana Esteves, dividindo os tatamis do Papp László Sportaréna com outros 250 atletas que defenderam as cores de 55 nações.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR