“Ao rubro” é a expressão que melhor caracteriza a sensação de quem assistiu à quarta edição do Invictus Pro MMA (IPM). E foram muitos os adeptos desta modalidade que estiveram no Pavilhão de Congressos e dos Desportos de Matosinhos para testemunhar as nove intensas e disputadas lutas de MMA.
Sob os holofotes estiveram assim 18 lutadores, destacando-se as quatro últimas lutas da noite. Após um acesso duelo de cinco rounds de três minutos cada, Sori Djalo da Vs Team conquistou o cinturão da noite, após uma vitória face a Aldair Gabriel da Submission Fight Team. Outro dos vencedores da noite foi Pedro Brum da Crazy Fight Team que triunfou frente a Vítor Nóbrega, professor e líder da Nóbrega Team. Também Falco Neto da Vs Team esteve em destaque nesta noite de MMA ao bater Boiko da XGYM. Quem venceu também nesta gala foi Diego Magrinho da Team Base Crazy Fight que foi superior ao seu homónimo Diego Faísca da Kimura/Vs Team.
A noite competitiva fica completa com mais cinco lutas. Frente a frente estiveram Ricardo Graça e André Araújo, Chento Marquez e Lucas, Bruno Shaolin e Maicon, Vando Diesel e Cristian e, ainda, Bruno Borges e Gabriel.
O IPM 04 foi também uma marca no MMA nacional, evidenciando-se a homenagem prestada a João “Rafeiro” Carvalho. Parte da receita da gala reverteu a favor da família do lutador português que perdeu a vida após uma luta de MMA, em Dublin, no mês de abril. Também os seus colegas de modalidade contribuíram para esta angariação uma vez que abdicaram de parte do seu caché.
No final da noite, Sori Djalo, que promoveu a gala, mostrava-se bastante satisfeito com esta iniciativa que encheu um dos espaços do Pavilhão de Congressos e de Desportos de Matosinhos, na noite de 24 de julho. Gala solidária, lutas disputadas e público vibrante foram assim os ingredientes de uma noite de MMA que “superou as expetativas”.
O MMA vai estar em destaque no próximo Clube de Combate, disponível na Kombat Press, na próxima segunda feira, dia 1 de agosto. Nesse episódio, oportunidade ainda para ver algumas lutas do Invictus Pro MMA 04. Já esta sexta (29 de julho), assista à entrevista do professor Vítor Nóbrega que nos fala sobre esta modalidade, aqui no nosso site.
Texto: Joana França/Kombat Press
Fotos: Raúl Cardoso/Kombat Press
Está de volta um dos melhores eventos nacionais de MMA (Artes Marciais Mistas): o Invictus Pro MMA. A 4ª edição deste evento é revestida de um caráter especial; a solidariedade é um dos seus principais lemas uma vez que parte da bilheteira reverte a favor da família de João “Rafeiro” Carvalho, atleta português que perdeu a vida após um combate de MMA na Irlanda. Também os atletas que vão competir participam nesta ajuda à família do colega, abdicando de parte do seu caché.
Dentro da cage, serão nove as lutas de “cortar a respiração”, com destaque para as quatro principais que constituem o main event da noite desportiva: Faisca vs Diego, Vítor Nóbrega vs Sérgio Bananeiro, Falco Neto vs Boiko e Sori Djalo vs Aldair.
Este evento desportivo terá lugar na noite de 24 de julho, a partir das 19h00, no Centro de Congressos e de Desportos de Matosinhos.
Texto: Joana França/Kombat Press
O UFC – Ultimate Fight Championship – o maior campeonato do mundo de MMA (Artes Marciais Mistas) com origem nos Estados Unidos da América mas já com expressão e palcos por todo o mundo, foi vendido por 4 mil milhões de dólares.
Foi este o encaixe da Zuffa, empresa dos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta que, juntamente com o promotor de boxe Dana White, detinham esta que é a maior competição privada de MMA desde 2001 até à passada segunda feira.
Esta “marca” foi assim vendida por 3,6 mil milhões de euros ao grupo chinês WME-IMG, valor que torna este campeonato rei dos desportos de combate na organização desportiva mais que sempre.
Dana White, presidente do UFC, frisou que vai manter as suas funções, deixando uma mensagem a todos os amantes de MMA, em declarações à ESPN: “A venda é algo agridoce, mas os fãs não têm de se preocupar. Este desporto vai passar para um novo nível”.
Esta mudança ocorre dois dias depois de um dos eventos mais esperados pelos adeptos do MMA: o UFC 200 que lotou o T-Mobile Arena, em Las Vegas, com capacidade para 20 mil pessoas.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: DR
O lutador português somou mais uma vitória no universo do MMA (Mixed Marcial Arts). Chamado à última da hora para integrar o main card do Bellator 154, André Fialho de imediato aceitou o desafio frente a Rick Reger que decorreu na madrugada de sábado para domingo passados.
A crença de Fialho, de que iria vencer por KO o seu adversário, confirmou-se: decorridos dois minutos e onze segundos de luta, André deixou clara a sua superioridade face ao atleta norte americano, sendo o duelo interrompido pelo árbitro.
André Fialho aproveitou assim da melhor forma esta luta para continuar a marcar pontos no mundo das Artes Marciais Mistas, onde conta sete vitórias. A viver nos Estados Unidos da América, o atleta de Cascais assegura que "o início não foi fácil, mas cada vez mais as coisas se estão a compor e a ficar mais facilitadas. Mas sem dúvida que estou a viver o sonho americano, porque o que não falta aqui são oportunidades e eu vou fazer questão de agarrá-las a todas".
Num momento de vitória, o atleta português não esqueceu o seu compatriota João Carvalho (atleta que faleceu recentemente após um combate da mesma modalidade): "era sem dúvida um grande amigo e custa-me tentar expor por palavras e textos nas redes sociais o que realmente sofri”. Dias antes desta disputa André Fialho escrevia “sábado vamos fazer isto juntos irmão”, referindo-se ao seu colega e amigo “Rafeiro”.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Dave Mandel
André Fialho, lutador português de MMA (Mixed Marcial Arts) vai integrar o “main card” do Bellator 154, defrontando Rick Reger. Os dois atletas vão disputar um combate na categoria de Peso Meio-Médio já no próximo dia 14 de maio em San Jose, nos Estados Unidos da América (EUA).
Recorde-se que o atleta português de 22 anos fez a sua estreia nesta liga americana de MMA no passado mês de março, tornando-se num nome falado entre os seus pares: André Fialho precisou apenas de 29 segundos para derrotar o seu oponente Manuel Meraz. O lutador de Cascais, a residir nos EUA e a combater pela American Kickboxing Academy, conta com um total de seis combates nesta modalidade, somando apenas vitórias, cinco delas por KO. Se o percurso de português é de referência, também o do seu adversário merece atenção: aos 29 anos o norte americano Rick Reger da Cesar Gracie Fight Team / FKI Fitness venceu seis das sete lutas que realizou.
Esta oportunidade para Fialho surge devido ao cancelamento do embate entre Josh Thomson e Michael Chandler, por lesão do primeiro. O fight card é composto por mais 14 encontros.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Dave Mandel
Conor McGregor (na foto) prestou homenagem a João Carvalho, atleta português de 28 anos que faleceu segunda à noite em Dublin. O lutador irlandês (atual Campeão de Peso Pena do UFC - Ultimate Fighting Championship) é membro da equipa de Carlie Ward que defrontou João Carvalho na sua última luta.
“Ver um jovem a fazer aquilo que ama, a competir por uma chance de uma vida melhor, e depois vê-lo partir desta forma é verdadeiramente de partir o coração. Somos apenas homens e mulheres que fazem aquilo que amam, na esperança de uma vida melhor para eles e para as suas famílias. Ninguém que esteja envolvido nos desportos de combate quer ver algo assim. É algo tão raro que nem sei como digerir... Estava ao lado do ringue a apoiar o meu colega de equipa e a luta foi sempre de parada e resposta, por isso não consigo entender. (…) Os desportos de combate são um jogo louco e os recentes acontecimentos no boxe e, recentemente, no MMA, fazem desta uma altura triste para se ser lutador e admirador de lutas.”
Há pouco mais de uma semana, o boxeur Nick Blackwell acordou do estado de coma induzido, uma semana depois de ter sido internado de urgência. O atleta britânico sofreu uma hemorragia intracraniana no combate de 26 de março onde defendia o British Middleweight Title na Wembley Arena, Londres, frente a Chris Eubank Jr. Ao décimo assalto, o árbitro deu por terminado o combate depois de avaliação médica negativa de Blackwell que apresentava um grande hematoma no sobrolho esquerdo. Nessa altura, já Chris Eubank Sr. que fazia canto, tinha dito ao filho: "Se o árbitro não o parar [o combate], (…) e continuares a bater-lhe assim, vais deixá-lo em mau estado.”
Esta é uma questão recorrente nos desportos de combate apelidados por muitos de violentos: até que ponto deve ir a competição e sob que regras? Recuperando o tributo de McGregor, o atleta afirma que “é fácil para quem está de fora criticar a nossa forma de viver, mas para os milhões de pessoas, por todo o Mundo que tiveram as suas vidas, a sua saúde, a sua capacidade física e a sua força mental mudadas por completo graças aos combates, isto é algo difícil de digerir. Perdemos um de nós. Espero que nos lembremos do João como um campeão, que perseguiu o seu sonho fazendo aquilo que ama e mostremos o eterno respeito e admiração que ele merece.”
Em Portugal, num período de cerca de vinte anos, segundo dados da PORDATA, o número de praticantes de desportos de combate e artes marciais quase que triplicou: em 1996 registavam-se 10 739 atletas a praticar estas modalidades e em 2014 o número de atletas era já de 35 637. Os desportos de combate são modalidades de grande desgaste físico, mas que tendem a conquistar cada vez mais praticantes.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: USA Today Sports
João Carvalho faleceu ontem à noite, em Dublin, após 48 horas internado em estado crítico. Carvalho era atleta da Nóbrega Team e praticava MMA (Mixed Marcial Arts - Artes Marciais Mistas).
João “Rafeiro” Carvalho, nome pelo qual era conhecido no meio, estava na cidade irlandesa a competir no TEF MMA (Total Extreme Fighting) que decorreu no National Boxing Stadium. O atleta português teve como adversário Charlie Ward da equipa irlandesa SBG Team que acabou por vencer a luta por KO técnico no terceiro round. Esta foi terceira luta como profissional de João Carvalho que contava com uma derrota e uma vitória.
Segundo a equipa médica que assistiu o lutador português no local “quando o árbitro interrompeu a luta, no terceiro round, a nossa equipa de médicos assumiu os cuidados, e percebemos que ele estava a sangrar abundantemente pelo nariz. Perguntamos-lhe se sentia alguma dor no corpo ou na cabeça assim que acabou a luta e ele disse que não, apenas relatou que se sentia muito cansado. Dez minutos depois, no entanto, começou a reclamar de dores de cabeça, sentiu muitas náuseas e começou a vomitar”.
Vinte minutos após o combate, Carvalho foi levado para o Beaumont Hospital, “onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica cerebral, após a qual o atleta permaneceu em estado crítico durante as 48 horas seguintes, acabando por falecer”, relata Vítor Nóbrega na página oficial do facebook da Nóbrega Team.
A morte deste atleta, no seguimento de uma luta de MMA, vem relançar a discussão em torno das regras de segurança dos desportos de combate, como o MMA, considerado uma das modalidades mais agressivas devido às técnicas permitidas.
A sua equipa garante que "foram cumpridas todas as regras de segurança" e que "a arbitragem seguiu todos os procedimentos corretos e habituais”. Nóbrega diz ainda que “embora sejam conhecidos os riscos deste desporto, o falecimento de João Carvalho (...) foi uma enorme infelicidade, que deixa profundamente tristes e consternados, tanto a sua família, como toda a equipa Nóbrega Team".
John Kavanagh, treinador da SBG, adianta que “IAPA (Irish Amateur Pankration Association) está a trabalhar para recolher os factos e avaliar todas as circunstâncias e procedimentos do evento”.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Dave Fogarty/Independent
Aos 21 anos o guerreiro português impressionou todos os fãs de MMA (Mixed Marcial Arts) que assistiam ao seu combate desta modalidade no Bellator: 29 segundos foi o tempo que André Fialho precisou para derrotar por KO o norte americano Manny Meraz.
A estreia do atleta luso nesta que é “uma segunda liga” de MMA nos EUA – Bellator MMA – não podia ter sido mais vibrante. O nome do atleta de Cascais ecoou em todo o mundo, tornando a ambição de André Fialho cada vez mais alcançável: “quero ser Campeão do Mundo Bellator e depois Campeão do Mundo UFC. Custe o que custar”.
Com uma passagem pelo futebol do Estoril e do Dramático de Cascais, rapidamente percebeu que os desportos de combate eram a sua praia, “assim que entro na cage [ringue de MMA] os nervos desaparecem e sinto que estou no meu habitat natural”.
O “sonho americano” começou no ano passado fruto de uma primeira deceção. André rumou até aos EUA com o objetivo de participar num reality show de MMA - The Ultimate Fighter Las Vegas - sendo que o vencedor garantiria um contrato profissional na principal liga de MMA norte americana, a UFC (Ultimate Fighting Championship). Fechada essa porta, e com estadia para mais quatro dias, o atleta português procurou o ginásio onde treina uma das suas referências da modalidade: Cain Velasquez. Uma vez no American Kickboxing Academy, Fialho fez testes e ficou na academia. O treinador Javier Mendez, acreditando nas potencialidades do português, levou o perfil do atleta até ao Bellator, conseguindo um contrato de 3 combates. O primeiro duelo foi o de 26 de fevereiro deste ano onde André Fialho confirmou (e superou) as expetativas; o segundo combate tem já data marcada para 14 de maio.
Antes de chegar a este patamar, o percurso do atleta era também já digno de registo. No Circuito MMA em sete combates obteve sete vitórias, fazendo jus à sua afirmação: “a derrota é coisa que nem sequer me passa pela cabeça”.
Texto: Joana França/Kombat Press
Foto: Dave Mandel